Investimentos

O crescimento global marcou o ano. Os principais blocos econômicos continuaram crescendo, alguns acima do potencial e mesmo assim a inflação continuou baixa, algumas até abaixo da meta. O crescimento robusto com aperto monetário lento contribuiu para a redução da volatilidade dos preços dos ativos.

As taxas de juros em patamares bastante baixos motivaram a busca para ativos de maior risco. O fluxo de recursos em busca de retorno se espalhou pelo mundo a procura principalmente de mercados emergentes.

A aprovação da reforma trabalhista no final de 2016 e do teto de gastos deram esperanças de que a reforma da previdência seria uma questão de tempo para ser aprovada em 2017. Mas o cenário político prejudicou esse otimismo quando veio à tona a gravação envolvendo o Presidente da República em maio.

A partir daí a reforma da previdência foi perdendo força, tendo o ano terminado sem que esse importante objetivo tivesse sido alcançado. Juntamente com as esperadas reformas fiscal e tributária, a da previdência é um passo importante para o equilíbrio da relação dívida PIB que não para de crescer, prejudicando a economia e trazendo insegurança para o mercado de dívida.

Pela primeira vez na história tivemos uma inflação abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil, obrigando com que o Ministro da Fazenda tivesse que dar explicações ao Congresso Nacional. O IPCA fechou em 2,95%, bem abaixo do centro da meta de 4,5%. Como consequência a taxa Selic foi reduzida de 13,75% para 7% com o objetivo de estimular a economia.

A queda da Selic fez os juros de mercado também caíssem tendo o IMA valorizado 12,82% contra um CDI de 9,96%.

O IBrX-100 fechou 2017 com valorização de 27,55%, em suas máximas históricas, num claro movimento de antecipação da recuperação econômica e do otimismo com a desalavancagem financeira das empresas como consequência da acentuada queda dos juros.

Após dois anos de PIB negativo…

A conjugação desses fatos resultou no segundo ano consecutivo de resultados positivos para os investimentos.

O quadro a seguir demonstra o comportamento dos índices de mercado utilizados como benchmark. Pode-se constatar que nos últimos 60 meses apenas o IBrX-100 não superou o CDI. A adoção pela HP Prev do benchmark IMA proporcionou melhores resultados em todos os períodos com relação ao mesmo CDI.